ninguém e o monstro são o mesmo assistindo ao deleite do dia-a-dia sob este céu cinzento carregado. ninguém porque não sou ninguém para ninguém. passo incólume ao interesse dos outros. monstro porque quem tem de lidar comigo pelos condicionalismos do dia-a-dia se assusta e foge. e assim é lidar comigo com dois e o mesmo cá dentro. um fica a um canto discreto porque não está habituado a que reparem nele. relegado a um canto e mantendo a expectativa que um dia alguém repare nele, nem que seja um monstro. o outro, o monstro isola-se no canto oposto para não assustar ninguém. relegado a um canto e mantendo a expectativa que um dia ninguém se assuste. assim é viver comigo. |
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