19/11/2008

R

tenho um buraco aberto
a meio do peito.
foste tu! foste tu!
e agora vivo desfeito
como um vidro partido
em câmara lenta
aqui ninguém entra!
aqui ninguém entra
a não ser que tenha
um cérebro, um coração
e queira partilhá-lo
e queira dá-lo
só a mim! só a mim!
em dias sem fim
em noites sem fim
só a mim! só a mim!
e só assim me darei
só a ti! só a ti!

10/11/2008


pronto! está feito!
a instalação foi feita
e o portátil foi entregue
mas não entregue em mão
ficou encostado á parede
repousando no chão
enquanto tu enrolavas um charro
e eu rumava sem norte
e no dia seguinte
trocamos um copo
tu um baileys
eu um porto
enrolamos mais um
tu rumaste a casa
eu rumei a lado nenhum