afundo-me nesta cadeira à espera que vás.
que te levantes desta conversa de surdo-mudo
que não quero mais.
afundo-me nesta cadeira e olho para a rua
à espera que a minha indiferença te faça desistir
de permanecer nesta mesa.
vai, desaparece, que não te quero mais!
deixa esse lugar para alguém
de toque menos frio, de voz mais doce.
deixa esse lugar vago para alguém cuja voz
não pareça mil gongos a ressoar
na minha cabeça.
vai, desaparece que não te pedi para sentares,
nem para me torturares com palavras sussuradas
de dentro dos ouvidos.
vai! foge! desaparece! levanta-te que a minha
conversa não tem interesse nem volume
suficiente para te tocar e te deixares
ficar a conversar.
vai! desaparece e deixa esse lugar vago
para alguém de carne e osso.
vai! desaparece solidão.
06/03/2006
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